Bolsonaro move queixa-crime contra Ciro Gomes por calúnia e injúria

De acordo com a ação protocolada por Bolsonaro, Ciro Gomes “agiu dolosamente, com especial fim de ofender a honra alheia"

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[caption id="attachment_126413" align="aligncenter" width="768"] Segundo Bolsonaro, Ciro Gomes cometeu o crime de calúnia, ao comentar o caso de uma doação eleitoral da JBS ao PP, então partido do deputado - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Fotos Públicas[/caption] O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) processou criminalmente o também candidato a presidente Ciro Gomes (PDT-CE) por uma entrevista que ele concedeu ao programa “Pânico na Rádio”, na Jovem Pan FM. O caso tramita desde o começo deste mês na primeira instância do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) sob o número 1000084-04.2018.8.26.0050. As informações são do Jota. Segundo Bolsonaro, Gomes cometeu o crime de calúnia, ao comentar o caso de uma doação eleitoral da JBS ao PP, então partido do deputado. O PP havia repassado R$ 200 mil a Bolsonaro, que devolveu o dinheiro à legenda, porque não desejava receber recursos de nenhuma empresa privada em sua campanha. Semanas mais tarde, o deputado voltou a receber o dinheiro do partido, mas desta vez vinculado ao fundo partidário. Ao comentar o caso, Gomes disse o seguinte: “A JBS depositou R$ 200 mil na conta dele, Jair Messias Bolsonaro, deputado federal! E mais outro tanto na bolsa, na do filho dele. Ele, quando viu, resolveu estornar o dinheiro, não pra JBS. Eu, se tô indignado, o cara depositou na minha conta sem a minha autorização, eu devolvo pra ele, e mando ele pastar, pra não dizer aquela outra frase que termina no monossílabo tônico. Não, o que ele faz, ele devolve para o partido, que na mesma data entrega R$ 200 mil pra ele. O nome disso é lavagem de dinheiro. Simples assim”. De acordo com a queixa-crime protocolada por Bolsonaro, Ciro Gomes “agiu dolosamente, com especial fim de ofender a honra alheia: a deliberada distorção do ocorrido teve como objetivo precípuo causar danos à imagem e à ótima reputação” do deputado “perante a opinião pública e seus eleitores”. Além disso, segundo a queixa-crime, Ciro também teria cometido o crime de injúria, durante a entrevista, ao dizer que o deputado seria um “moralista de goela”.