Bolsonaro quer privatizar florestas na Amazônia

O aumento das queimadas é uma desculpa usada pelo governo para privatizar unidades florestais

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (19) a inclusão de três florestas da região amazônica no plano de privatizar tudo que é possível. O controle de queimadas aparece como uma das justificativas para a empreitada.

Segundo a jornalista Simone Kafruni, do Correio Braziliense, as unidades florestais de Humaitá, Iquiri e Castanho, todas no estado do Amazonas, são o novo alvo do governo.

Martha Seillier, secretária especial do conselho, disse que vai se "debruçar sobre a legislação para ver até onde é possível abrir mais o setor para desenvolvê-lo em todo seu potencial”. Segundo ela, a preocupação é em proteger o meio ambiente e reduzir as queimadas.

“A concessão de florestas agora é prioridade. São três importantes florestas que queremos delegar à iniciativa privada para o manejo sustentável e assim reduzir queimadas, com mais controle dos investimentos sustentáveis”, afirmou.

No ano passado, o governo Bolsonaro chamou a atenção do mundo pela complacência com o aumento das queimadas na região amazônica ao fazer pouco caso dos alertas emitidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).