Bolsonaro recua, volta a demitir número 2 da Casa Civil e diminui poderes de Onyx

Vicente Santini foi reconduzido à Casa Civil por pressão de Eduardo Bolsonaro, após a primeira exoneração por usar avião da FAB para se deslocar até a Índia

Bolsonaro e Vicente Santini, que utilizou avião da FAB para fins particulares (Divulgação)
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Em tuíte na manhã desta quinta-feira (30), Jair Bolsonaro voltou a demitir o número 2 da Casa Civil, o assessor especial Vicente Santini, recontratado por pressão de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) após a primeira exoneração, por ter usado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Índia. "Informo que em Diário Oficial será publicado: Tornar sem efeito a admissão do servidor Santini; Exonerar o interino da Casa Civil; e Passar a PPI da Casa Civil para o Ministério da Economia", tuitou Bolsonaro. Com a decisão, de passar o PPI - Programa de Parcerias de Investimentos - para a pasta de Paulo Guedes, Bolsonaro tira poderes de Onyx Lorenzoni. Vai e vem Próximo a Eduardo Bolsonaro, Vicente Santini, que atuava como secretário-adjunto da Casa Civil da Presidência da República, foi demitido por Bolsonaro na volta da viagem à Índia, quando o presidente soube que o assessor de Onyx havia usado um avião da Força Aérea Brasileira para se deslocar ao país. Para justificar a exoneração, o presidente havia dito que “o que ele [Santini] fez não é ilegal, mas é completamente imoral. Ministros antigos foram de avião comercial, classe econômica”, declarou, sem convencer. No entanto, durante o dia, a mídia divulgou a informação que ao menos  13 ministros já utilizaram aviões da FAB para viagens internacionais, algo considerado ilegal por membros da própria Força Aérea, já que a legislação não prevê esse tipo de uso. Em edição extra do Diário Oficial da União, no início da noite desta quarta-feira (29), poucas horas após a exoneração, Santini foi nomeado assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil. A nomeação teria sido acertada após interferência de Eduardo Bolsonaro no caso. No cargo anterior, o amigo de Eduardo recebia um salário bruto de R$ 17.327,65 mensais. A remuneração prevista para o novo cargo seria de R$ 16.944,90 (R$ 382,75 a menos).