O presidente Jair Bolsonaro fez uma publicação na tarde desta quarta-feira (15) defendendo o general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, após as críticas do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e da sinalização em prol da demissão feita pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
"Quis o destino que o Gen Pazuello assumisse a interinidade da Saúde em maio último. Com 5.500 servidores no Ministério o Gen levou consigo apenas 15 militares para a pasta. Grupo esse que já o acompanhava desde antes das Olimpíadas do Rio", disse o presidente na publicação.
Segundo o ex-capitão, Pazuello, que não tem formação em Saúde, é um "predestinado". "Nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua Pátria. O nosso Exército se orgulha desse nobre soldado", declarou.
Em entrevista à GloboNews concedida na noite de terça-feira, o vice-presidente afirmou que o interino da Saúde deve ser demitido em breve. “O Pazuello é interino, está há dois meses nesse cargo. Tudo indica que, em um momento próximo, o presidente vai substituí-lo”, declarou.
A fala de Mourão acontece em meio à polêmica provocada por Gilmar Mendes. O magistrado afirmou que o Exército estava se associando a um “genocídio” durante a pandemia, em referência às mortes causadas pela Covid-19. A crítica teve como alvo os 20 militares que ocupam cargos na Saúde, mesmo sem experiência na área. O Ministério da Defesa e o Exército chegaram a acionar a Procuradoria-Geral da República contra Mendes.