Bolsonaro sobre auxílio emergencial: "Depois de nove meses, tem que colocar um ponto final"

"Quem tá criticando que perdeu o emprego, reclama de quem tirou seu emprego", disse ainda o presidente, se eximindo de qualquer responsabilidade pelo aumento do desemprego

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta quinta-feira (14) o fim do auxílio emergencial, benefício de R$ 600 (posteriormente, R$ 300) concedido durante a pandemia do novo coronavírus para ajudar aos trabalhadores sem renda.

"Depois de nove meses, tem que colocar um ponto final. Não tem dinheiro no cofre", disse o presidente, que voltou a dizer que o benefício foi concedido com base em "endividamento".

Bolsonaro ainda mandou um recado duro aos desempregados: "Quem tá criticando que perdeu o emprego, reclama de quem tirou seu emprego. Não fui eu quem fechou o comércio. Não fui eu quem falou 'fica em casa' que a economia vê depois".

O presidente ainda disse que fez "tudo, tudo para ajudar no combate à pandemia".

Em 2020, o país bateu recorde no número de desempregados, segundo o IBGE. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), apontam que o desemprego fechou o terceiro trimestre do ano com 14,1 milhões de pessoas sem trabalho formal (14,6% da População Economicamente Ativa).

Durante a transmissão, o mandatário ainda voltou a desestimular a vacinação contra a Covid-19 sinalizando que as vacinas que receberão autorização para uso emergencial por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não terão “comprovação”.

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