Bolsonaro tenta se salvar da CPI e entra com mandado de segurança no STF

Presidente pretende anular atos propostos no relatório final da comissão em que é acusado de nove crimes

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Inconformado com o relatório final da CPI do Genocídio, que o acusa de nove crimes, Jair Bolsonaro ingressou, nesta quarta-feira (27), com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF).

O objetivo da ação, impetrada pela Advocacia-Geral da União (AGU), em nome do presidente, é solicitar que a Corte interprete como “ilegal” e “arbitrária” a transferência dos dados do sigilo telemático de Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao próprio STF.

A AGU pede, ainda, que seja considerada ilegal a solicitação da Comissão Parlamentar de Inquérito visando a suspensão das contas do presidente nas redes sociais.

O documento diz, ainda, que, por exercer o cargo de presidente da República, Bolsonaro “não pode ser investigado no âmbito de CPI’s ou de qualquer outra Comissão Parlamentar, seja a que título for”.

Relatório entregue

Os senadores da direção da CPI, o chamado “G7”, entregaram nesta quarta ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o relatório final da comissão, que foi aprovado na noite desta terça-feira (26).

O ato de entrega do relatório aconteceu na sede da PGR, em Brasília e, em seguida, os parlamentares foram ao STF para entregar o documento ao ministro Alexandre de Moraes.

A partir de agora, cabe a PGR e ao STF avaliar e dar prosseguimento a medidas relacionadas a políticos com foro privilegiado.