Bolsonaro usa Secom para se defender de denúncia por genocídio apresentada em Haia

A secretaria ainda inflou os números do auxílio emergencial

Foto: Marcos Corrêa/PR
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a usar a Secretaria de Comunicação Social do Governo (Secom) para rebater questionamentos apresentados contra ele. Dessa vez, a pasta decidiu "desmentir" uma denúncia apresentada por entidades médicas contra o presidente por genocídio do Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda.

"Uma nação que trabalha unida pelo bem de todos não se deixa abalar por quem politiza até doença. O Brasil vai em frente", diz a publicação que traz oito "verdades" sobre a atuação do presidente diante da pandemia.

A publicação foi curtida pelo perfil pessoal do presidente.

Os pontos trazem contradições e reforçam a narrativa de que foi Bolsonaro quem criou o auxílio emergencial de R$ 600- quando na realidade ele defendia apenas um voucher de R$ 200. A Secom faz uma afirmação questionável sobre o benefício dizendo que ele chegou para "mais da metade dos brasileiros".

Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, 65,3 milhões receberam o auxílio, bem longe dos 105 milhões necessários para conformar a "mais da metade" da população.