Bombeiro acusado de obstruir investigações da morte de Marielle é condenado pela Justiça

Segundo o Ministério Público, Maxwell Simões Correa era o dono do veículo que foi usado para esconder as armas que estavam num apartamento de Ronnie Lessa

Maxwell Simões Correa (foto: Agora Notícias Brasil)
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Nesta sexta-feira (12), a 19ª Vara Criminal do Rio de Janeiro condenou o bombeiro Maxwell Simões Correa a 4 anos de prisão, depois que o juiz Carlos Eduardo de Carvalho Figueredo entendeu que ele agiu para obstruir as investigações sobre o assassinado da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, Anderson Gomes.

Segundo o magistrado, Simões Correa era o dono do veículo que foi usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, o ex-policial vizinho de Bolsonaro e apontado pelos investigadores como o provável autor dos disparos que acabaram com a vida de Marielle e de Anderson, no crime ocorrido em 14 de março de 2018.

No entanto, o mesmo juiz também aceitou o pedido para reverter a pena do bombeiro a prisão em regime aberto e prestação de serviços à comunidade.

Enquanto isso, os principais acusados pelos homicídios, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz – acusado de ser o motorista do carro que perseguiu as vítimas –, deverão se submeter a julgamento que será decidido por júri popular, segundo decisão unânime dos desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro.

Os réus responderão denúncia por duplo homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emboscada e sem dar chance de defesa às vítimas. Ambos se encontram presos na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).