Bonner "demite" Sérgio Moro ao vivo no Jornal Nacional

Em meio ao escândalo das conversas reveladas entre Moro e procuradores, a imprensa tradicional parece, com os atos falhos, estar se acostumando com uma demissão do ex-juiz ao chamá-lo de "ex-ministro"; Estadão cometeu a mesma gafe no domingo (9)

Reprodução/TV Globo
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Em meio ao escândalo instaurado com a revelação de conversas privadas que mostram o ministro Sérgio Moro em articulação supostamente ilegal com procuradores da Lava Jato para prender Lula, a mídia tradicional brasileira, que já defende um afastamento de Moro do Ministério da Justiça, vem cometendo gafes ao já chamá-lo de "ex-ministro". Nesta terça-feira (11), ao vivo no 'Jornal Nacional', da Globo, o apresentador William Bonner se referiu a Moro como "ex-ministro". A mesma gafe foi cometida pelo Estadão no domingo (9), logo após as revelações trazidas pelo The Intercept Brasil. Em uma reportagem, o jornal também "demitiu" o ex-juiz de Curitiba. [caption id="attachment_176621" align="aligncenter" width="279"] Reprodução[/caption] Mídia tradicional sugere renúncia  A edição desta terça-feira (11) de dois dos principais jornais do país, Folha de S. Paulo e Estadão, vieram com editoriais sugerindo, em meio ao escândalo, a renúncia de Moro. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo.Estadão diz que “causou compreensível estupefação o conteúdo” das conversas, que indicam uma “uma relação totalmente inadequada – e talvez ilegal – entre o magistrado e os procuradores da República, com implicações políticas e jurídicas ainda difíceis de mensurar”. “Fariam bem o ministro e os procuradores envolvidos nesse escândalo, o primeiro, se renunciasse e, os outros, se se afastassem da força-tarefa, até que tudo se elucidasse”, opina o jornal. Já a Folha de S.Paulo, diz que as “mensagens oriundas de ato ilícito mostram comportamento às raias da promiscuidade”. “Não é forçando limites da lei que se debela a corrupção. Quando o devido processo não é estritamente seguido, só a delinquência vence”, afirma o texto, intitulado “Pelo devido processo”, ressaltando que não é de hoje que quem acompanha os meios jurídico e político observa a relação promíscua entre Moro e investigadores da Lava Jato.