Boulos diz que articulação por apoio do PT em São Paulo "seria muito bem vinda"

"Se a esquerda estiver unida, ou estivesse unida, a gente teria melhores condições e mais força para poder derrotar Bolsonaro", declarou o candidato ao Jornal da Fórum; assista

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O candidato pelo PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, comentou durante entrevista ao Jornal da Fórum, comandado pela jornalista Cynara Menezes, nesta quarta-feira (7) sobre a possibilidade de uma unidade do campo progressista no primeiro turno na capital paulista. Boulos não descarta a possibilidade e defende uma articulação entre as lideranças partidárias e "figuras que estão fora das eleições municipais".

"Eu acredito vivamente que o maior objetivo nosso nessa eleição é derrotar o bolsonarismo. Aqui em São Paulo, agregue o BolsoDoria. Eu trabalhei para buscar conseguir uma unidade do campo progressista e do campo de esquerda. Não só aqui em São Paulo, em outras partes do país também", disse o candidato ao responder uma pergunta feita por Renato Rovai, editor da Fórum, sobre um possível "bem-bolado" na capital paulista e no Rio de Janeiro.

"Obviamente, se a esquerda estiver unida, ou estivesse unida, a gente teria melhores condições e mais força para poder derrotar Bolsonaro e, aqui em São Paulo, os tucanos", completou o líder do MTST. O PT lançou o ex-deputado Jilmar Tatto para a disputa, enquanto o PCdoB concorre com o deputado federal e ex-ministro Orlando Siva.

O candidato lamentou a ausência dessa frente, mas não deu a possibilidade como descartada. "Infelizmente, até aqui, não foi possível, apesar de todo nosso esforço. Alguns interesses impediram que esse debate avançasse, gerando uma unidade maior, seja em São Paulo, no Rio ou em outras capitais. Não cabe a mim, como candidato, dizer que outros candidatos deveriam retirar candidaturas. Tenho respeito pelo Orlando, pelo Tatto. Mas eu preferiria uma unidade de esquerda. Meu papel agora é evitar uma tragédia de BolsoDoria no segundo turno", declarou.

Boulos aponta que a decisão cabe às direções partidárias e pede a atuação de "figuras que estão fora das eleições municipais", em uma possível referência ao ex-presidente Lula. "Agora, se houver uma articulação entre os presidentes dos partidos do campo progressista, uma articulação com figuras que estão fora das eleições municipais que se coloquem para contribuir nesse processo e que avance na unidade da esquerda, ela seria muito bem-vinda", afirmou.

Críticas

O candidato do PSOL ainda falou sobre críticas que está recebendo nas redes. Um artigo assinado por um integrante do PCO ganhou repercussão nessa semana por apontar suposta correlação de Boulos com a burguesia.

"Vai ser difícil alguém de fora do PT que foi mais leal à Dilma do que nós. Alguém de fora do PT que foi mais leal ao Lula do que nós. Muitas das pessoas que começaram a me acusar agora por puro oportunismo eleitoral, quando lá em São Bernardo a gente chegou com 2, 3 mil pessoas do Povo Sem Medo, eu não vi nenhuma delas lá. Se estavam, eram uma rodinha de meia dúzia", declarou.

Participaram também da entrevista a jornalista Fabíola Moraes e o jornalista Lula Costa Pinto.

Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=HItNPggmAR4