Boulos diz que Bolsonaro estava "dopado" no debate da Band

Em entrevista, Guilherme Boulos (PSOL) revelou que estava posicionado ao lado de Bolsonaro no debate da Band e que pode observar, com sua experiência em psiquiatria, que o militar da reserva, único que ficou sentado durante o encontro, estava "dopado"

Reprodução/Band
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O candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou nesta quarta-feira (5) em entrevista ao site Congresso em Foco e canal My News que Jair Bolsonaro (PSL) estava "dopado" no debate entre presidenciáveis promovido pela Band no dia 9 de agosto. A revelação se deu ao final da entrevista, que foi transmitida ao vivo pelo Facebook, em um momento mais descontraído. Um dos apresentadores havia afirmado que esperava um embate mais enérgico entre Ciro Gomes (PDT) e o militar da reserva e que tinha "preparado até pipocas" para assistir ao programa. Foi aí que Boulos detalhou que estava posicionado ao lado de Bolsonaro e que pode observar, com sua experiência em psiquiatria, que o candidato do PSL estava "dopado". "Bolsonaro estava dopado. Não sei se era Rivotril, Lexotan, mas estava apoiado no púlpito, nem conseguiu falar direito (...) Tenho mestrado em psiquiatria, sou formado em psicanálise, não estou falando como adversário. Ele estava dopado e por isso que a pipoca esfriou", brincou o candidato do PSOL. No dia do debate, Fórum destacou que Bolsonaro foi o único candidato que ficou sentado. Antes disso, ao longo da entrevista, Boulos explicou pontos de seu plano de governo, como a regulação bancária e a reforma tributária, e teceu inúmeras outras críticas à Bolsonaro. Em uma pergunta sobre o motivo pelo qual hoje grande parte da sociedade associa o conceito de direitos humanos à criminalidade, o candidato do PSOL disse que é por conta do "medo" das pessoas e que há "urubus" que se aproveitam desse medo para fazer política. "Há uma insegurança tremenda na sociedade, e quando as pessoas estão com medo, aparecem os urubus do medo. O Jair Bolsonaro é o principal deles, o urubu do medo mais feio do país. Se aproveita do medo pra fazer política. Diz que vai dar arma, prender, matar. Isso seduz. E aí começa a se aceitar todo tipo de barbárie", pontuou. Assista, abaixo, a íntegra da entrevista.