Briga por cargos racha esquerda na Câmara

“A gente formou um bloco e quer ser respeitado como bloco de oposição. Isso o regimento garante e a gente vai brigar por isso”, afirmou Marcelo Freixo, do PSOL

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[caption id="attachment_165754" align="alignnone" width="700"] Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados[/caption] A tarde desta sexta-feira (1°) escancarou entre partidos de esquerda a disputa por cargos na Câmara dos Deputados. A briga interna desta vez é para saber qual bloco na Câmara irá indicar o líder da Oposição e o líder da Minoria. Conforme adiantado ontem pelo Blog do George, os partidos de esquerda estão bem divididos no parlamento. PT, PSB, PSOL e REDE oficializaram um bloco puro de oposição ao governo Bolsonaro: 97 deputados; Por sua vez, PDT e PCdoB, partidos de esquerda, fecharam um bloco de 107 deputados com partidos de centro como Solidariedade, Patriota, PPS, PROS, Avante, PV e Democracia Cristã. Segundo o vice-líder do PT, Carlos Zarattini, o partido reivindicará tanto a vaga de líder da Oposição quanto do líder da Minoria. O congressista justifica que, por mais que o bloco liderado por PDT e PCdoB sejam maiores, eles não seriam uma oposição pura ao governo Bolsonaro. Procurados os líderes do PCdoB e do PDT afirmaram que ainda não sabem como se dará essa questão e que o partido reivindicará uma das vagas. O PT afirma que as duas vagas são do bloco. O racha está armado. Em coletiva de imprensa concedida pouco depois de protocolar sua candidatura à presidência da Câmara, Marcelo Freixo, do PSOL, jogou mais lenha na fogueira. “Puxadinho de bloco” “O que a gente já adianta é que não vai aceitar puxadinho de bloco comandado e manipulado pelo atual presidente, para fingir que tem uma oposição outra que não a gente. O nosso bloco tem legitimidade para ser oposição ao Bolsonaro. Não vamos aceitar que entre um bloco com cesta de partidos feitos pelo atual presidente para ter o controle da maioria e da minoria. A gente não quer bloco do ‘sim’ e do ‘sim senhor’”. Havendo impasse, Freixo não descartou judicializar a questão. “A gente formou um bloco e quer ser respeitado como bloco de oposição. Isso o regimento garante e a gente vai brigar por isso”, afirmou. Com informações de George Marques e Mariana Branco

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