A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta sexta-feira (3) a Proposta de Emenda à Constitução (PEC) do Orçamento de Guerra por 423 votos a favor e 1 contra.
O texto permite a separação dos gastos realizados para o combate ao novo coronavírus do Orçamento-Geral da Uniã com o objetivo de "facilitar a execução do orçamento relacionado às medidas emergenciais". Um conselho será criado para manejar os recursos.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comemorou a aprovação: "Aprovamos com 424 votos a PEC do orçamento de guerra. Agradeço o apoio dos líderes, de deputados de todos os partidos. Esse é um momento de união dos Poderes na defesa das vidas dos brasileiros, dos empregos, dos mais vulneráveis e da preservação das empresas brasileiras".
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) comentou sobre a aprovação e cobrou que, com a medida, o Governo Federal implemente logo o auxílio emergencial aprovado no Congresso.
"PEC do orçamento de guerra aprovada na Câmara. Não tem mais desculpa para Bolsonaro e Guedes não pagarem os R$ 600 aos trabalhadores brasileiros", escreveu o parlamentar.
A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) também cobrou o governo. "A Câmara dos Deputados fez a sua parte e aprovou a PEC 10, em segundo turno. Agora, o governo Bolsonaro não tem mais desculpas. Para enfrentar a pandemia, poderá gastar até 10% do PIB, cumprir suas obrigações com os cidadãos, sem penalizar os trabalhadores", afirmou.