Câmara: mães de Cazuza e de Renato Russo lançarão frente de enfrentamento ao HIV

A frente será lançada nesta terça-feira na Câmara dos Deputados e conta com mais de 200 assinaturas

05/04/2017- Brasília- DF- Brasil- Plenário da Câmara dos Deputados durante votação do projeto que oferece moratória na dívida com a União a estados superendividados, em troca de ajuste fiscal Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el
Lucinha Araújo, presidente da Sociedade Viva Cazuza e mãe do cantor Cazuza, e a dona Carminha Manfredini, mãe de Renato Russo, estarão presentes no lançamento da Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento às ISTS, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais a ser realizado na próxima terça-feira (06/08), na Câmara Federal A coordenadora da frente, que conta com mais de 200 assinaturas de deputados e senadores, é a deputada federal Erika Kokay (PT-DF). “O Brasil é referência mundial no enfrentamento do HIV/AIDS, mas ações do governo Bolsonaro têm colocado em risco os avanços que conquistamos ao longo das últimas décadas”, afirma a petista. “O desmonte das políticas públicas da área marcam a importância deste lançamento e da união do parlamento e da sociedade em prol de ações que visem conter os retrocessos”, completa. Atualmente, especialistas e parlamentares têm manifestado preocupação com o desmonte da Política de HIV e Aids no Brasil, promovida pelo governo Bolsonaro. Desmonte na política de combate ao HIV No início de junho parlamentares acionaram a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF), pedindo providências em relação ao decreto 9795 de 2019 que muda a estrutura do Ministério da Saúde. “Aparentemente parece apenas se tratar de um ato administrativo normal de governo. Ocorre que o referido Decreto altera a estrutura do Ministério da Saúde de modo a inviabilizar o direito à saúde de população vulnerável”, dizem os deputados no texto do documento. A representação é fundamentada em posicionamento da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS/Observatório Nacional de Políticas de AIDS (ABIA). A ABIA sustenta que a renomeação do antigo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das ISTs do HIV/AIDS para Departamento de Doenças de Condições Crônicas e IST, é um erro grave. Segundo a ABIA, a nova estrutura não irá promover maior integração entre as áreas no novo Departamento, ao afirmar que as patologias ali reunidas (verminoses ao lado de infecções virais- como HIV e Hepatites) possuem diferenças significativas no que se refere a formas de transmissão, escalas de impacto e populações diretamente afetadas.