Câmara do Rio rejeita projeto de Carlos Bolsonaro contra passaporte da vacina

No mesmo dia em que foi citado no relatório da CPI do Genocídio, o filho do presidente foi derrotado no Rio

Foto: Roosevelt Pinheiro/ABr
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A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro rejeitou, por ampla maioria, um projeto de lei do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) contra o passaporte da vacina adotado na capital carioca. A decisão aconteceu no mesmo dia em que o filho do presidente Jair Bolsonaro foi citado no relatório final da CPI do Genocídio.

A votação, realizada nesta quarta-feira (20), terminou com 30 votos contrários e apenas 4 favoráveis. Além do filho do presidente, os vereadores Rogério Amorim (PSL), Gabriel Monteiro (PSD) e Vitor Hugo (MDB) foram os únicos que endossaram proposta.

Desde 27 de agosto, o comprovante de vacinação é necessário para ter acesso a determinados estabelecimentos fechados, locais de lazer, receber recursos do Cartão Família Carioca e realizar cirurgias eletivas. O decreto, estabelecido pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), chegou a ser alvo de disputa judicial, mas foi garantido pelo STF.

"604 mil mortes, relatório final da CPI da Covid indiciando tanta gente e o vereador filho do presidente apresentou um projeto contra a exigência da carteira de vacinação em locais de uso coletivo aqui no Rio de Janeiro, contrário a tudo que acreditamos. É muito abraço com a morte, né? Derrotamos o projeto, 30x4", celebrou o vereador Reimont (PT) nas redes sociais, fazendo referencia à citação de Carlos no relatório da CPI.

"A Câmara do Rio rejeitou projeto negacionista de Carlos Bolsonaro, que revogava a exigência de comprovação de vacina: 30 a 4!", escreveu o vereador Chico Alencar (PSOL). O parlamentar do PSOL ainda lamentou que em Porto Alegre um veto ao passaporte vacinal foi mantido em meio a uma confusão com um grupo antivacina usando suástica.

Carlos Bolsonaro também usou o Twitter para lamentar o resultado. "Novamente rasga-se a Constituição e aplica-se mais uma derrota à liberdade do povo brasileiro e contra inclusive ao posicionamento da própria OMS", disse. O STF permitiu a adoção do passaporte.

Com informações de O Globo