Caminhoneiros vão parar se Bolsonaro não baixar diesel e estabelecer frete mínimo

“Se as nossas reivindicações, principalmente com relação ao preço do diesel, não forem aceitas, a gente começa uma greve no dia 1º", disse Chorão

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Grupos de caminhoneiros se reuniram neste sábado (16), no Rio de Janeiro, e deram prazo de 15 dias para que o governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido) atenda as reivindicações da categoria. Caso isso não ocorra, os motoristas vão fazer uma paralização de 15 dias a partir de 1º de novembro.

Entre as reivindicações estão o estabelecimento e cumprimento de um frete mínimo, redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras.

"Ficou decidido que vamos dar 15 dias para o governo responder", declarou Luciano Santos Carvalho, do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira). "Se não houver resposta de forma concreta em cima dos direitos do caminhoneiro autônomo, dia 1º de novembro, Brasil todo parado aí."

Chorão, uma das principais lideranças de caminhoneiros autônomos do país e presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), confirmou a informação:

"A nossa categoria está na beira do abismo. Hoje ficou decidido que estamos em estado de greve pelos próximos dias. E se as nossas reivindicações, principalmente com relação ao preço do diesel, não forem aceitas, a gente começa uma greve no dia 1º", disse Chorão.

Estiveram reunidos a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), o CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) e a Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores). As entidades são ligadas aos caminhoneiros autônomos que participaram da greve de 2018.

Reivindicações

Veja abaixo a lista de demandas para suspenderem a paralisação:

Redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como PPI (Preço de Paridade de Importação);

Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;

Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;

Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);

Aperfeiçoamentos na proposta do voto em trânsito no Senado.

Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015).