Campanha de Dilma ganha direito de resposta à Veja

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A decisão foi do ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinando a publicação "de imediato" no site da revista em resposta à acusação de que Dilma Rousseff e Luis Inácio Lula da Silva sabiam da corrupção na Petrobras

Por Redação

Neste sábado (25) foi concedido direito de resposta à campanha da presidenta Dilma Rousseff (PT) no site da revista "Veja" após última edição da revista, que começou onde afirma que Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal, a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "sabiam de tudo" sobre  um suposto esquema de corrupção na Petrobras.

A decisão do ministro Admar Gonzagado Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem caráter liminar, ordenando que a revista publicasse o direito de resposta "de imediato" no site, "no mesmo lugar e tamanho em que exibida a capa do periódico, bem como com a utilização de caracteres que permitam a ocupação de todo o espaço indicado". De acordo com o ministro, "o direito de resposta não possui contornos de sanção, mas o exercício constitucional da liberdade de expressão, por meio do mesmo veículo, conquanto se aviste ofensa grave e/ou afirmação sabidamente inverídica". A campanha da presidenta pediu também para que o direito de resposta fosse publicado na versão impressa, o ministro determinou que isso seja decidido pelo plenário do TSE. A Editora Abril, responsável pela revista Veja, tem de apresentar defesa dentro de 24 horas. Confira a íntegra da determinação do ministro: DIREITO DE RESPOSTA Veja veicula a resposta conferida à Dilma Rousseff, para o fim de serem reparadas as informações publicadas na edição nº 2397 - ano 47 - nº 44 - de 29 de outubro de 2014. A democracia brasileira assiste, mais uma vez, a setores que, às vésperas da manifestação da vontade soberana das urnas, tentam influenciar o processo eleitoral por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor do PT e de sua candidata. A Coligação "Com a Força do Povo" vem a público condenar essa atitude e reiterar que o texto repete o método adotado no primeiro turno, igualmente condenado pelos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por terem sido apresentadas acusações sem provas. A publicação faz referência a um suposto depoimento de Alberto Youssef, no âmbito de um processo de delação premiada ainda em negociação, para tentar implicar a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ilicitudes. Ocorre que o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça a veracidade desse relato, uma vez que todos os depoimentos prestados por Yousseff foram acompanhados por Basto e/ou por sua equipe, que jamais presenciaram conversas com esse teor.