Candidato de Bolsonaro, Russomanno entra na Justiça para fechar DCM e perde

Além da retirada do site do ar, o candidato pediu que um texto sobre ele seja excluído da rede e que o DCM seja proibido de voltar a publicá-lo

Foto: Reprodução TV Record
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Celso Russomanno, candidato do Republicanos à Prefeitura de São Paulo, entrou com pedido na 2a. Zona Eleitoral de São Paulo para a retirada do Diário do Centro do Mundo (DCM) do ar, mas perdeu.

A razão do pedido de Russomano foi um artigo de Joaquim de Carvalho, que o DCM publicou em 2012, quando Russomanno foi candidato a prefeito de São Paulo pela primeira vez. O artigo, “As duas faces do Celso Russomanno que eu conheci em 1992”, é, em resumo, a atualização do perfil do político realizado pelo repórter, e que foi publicado pela revista Veja em 1994, quando ele foi o deputado federal mais votado no Estado de São Paulo.

Além da retirada do site do ar, Celso Russomanno fez dois pedidos alternativos: que a matéria seja excluída da rede e que o DCM seja proibido de voltar a publicá-la.

O juiz Guilherme Silva e Souza negou o pedido, com o argumento de que a reportagem foi publicada em 2012 e que, portanto, não há fato novo que justifique a medida.

“No caso dos autos, sem adentrar ao mérito da demanda, a matéria jornalística ora questionada foi veiculada pelo site de notícias no remoto ano de 2012, o que, por si só, afasta qualquer urgência à medida judicial reclamada no caso concreto”, escreveu.

De acordo com Joaquim, “em ambas as publicações, o interesse jornalístico era evidente. Em 1994, o cidadão tinha o direito de saber quem era o deputado mais votado por São Paulo. Em 2012, a mesma coisa. Quem quer governar uma das maiores cidades do mundo deve ser conhecido pelo público”.

“Evidentemente, nem tudo o que o jornalista publica agrada ao perfilado. Por isso, é jornalismo. Do contrário, seria propaganda”, completa o jornalista.