Candidato do Novo defende decisão de Marco Aurélio em favor de André do Rap: "Tráfico nem devia ser crime"

Após ser criticado, Marcelo Castro voltou atrás e disse que sua declaração se referia à guerra às drogas

André do Rap, apontado como chefe do PCC na Baixada Santista (Foto Reprodução Internet)
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Marcelo Castro, candidato do partido Novo à vereador em São Paulo, defendeu na noite de segunda-feira (13) a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de libertar o líder do PCC, André do Rap, e afirmou que "tráfico" não deveria ser punido com prisão.

"O tal do "André do Rap" tava preso temporariamente há um ano. A lei é clara: prisão preventiva por mais de 90 dias tem que ser fundamentada. Não foi. Acerta MAM. Ademais, o cara foi preso por tráfico, não por assassinato ou latrocínio. Tráfico nem deveria ser crime", tuitou Castro.

A declaração gerou críticas de pessoas ligadas à legenda e fizeram com que o partido Novo chegasse aos assuntos mais comentados do Twitter. As reações fizeram com que o candidato voltasse atrás.

"Muita gente falando que o tal do “André do Rap” era um chefão do PCC. Eu não sabia. Com esse nome, achei que era vendedor de droga de baile funk. Vi as matérias agora, parece grave. Neste caso, há claro risco à garantia da ordem pública. Me retrato pelo tuíte anterior", escreveu.

Em seguida, ele apontou que a intenção do tuíte inicial era criticar a guerra às drogas. "Não defendi o PCC nem nada nesse sentido — por óbvio. Penso que a guerra às drogas falhou miseravelmente, portanto, penso que a descriminalização com conscientização é o melhor caminho", declarou. "Foi apenas isso que tentei dizer nos tweets anteriores, mas não fui bem compreendido e, como foi por muita gente, fica óbvio que a falha na comunicação foi minha", completou.

Com informações do Antagonista