Candidaturas de centro-direita não decolam e aliados preparam a volta de Huck à corrida presidencial

Apresentador mantém contato com o marqueteiro Guillaume Liegey, responsável pela estratégia considerada a chave do sucesso da campanha de Emmanuel Macron à presidência da França em 2017.

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Apresentador mantém contato com o marqueteiro Guillaume Liegey, responsável pela estratégia considerada a chave do sucesso da campanha de Emmanuel Macron à presidência da França em 2017. Da Redação* Mesmo com a condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4, ele continua liderando com folga as intenções de voto à presidência da República. Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (31), pelo Datafolha, comprova o fato. Com isso, as candidaturas consideradas de centro-direita, como as de Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, João Doria, entre outros, patinam e não conseguem decolar. O resultado é que o nome de Luciano Huck volta a ser cogitado. Aliados preparam sua pré-campanha e aguardam somente a confirmação do apresentador para definir os próximos capítulos. De acordo com a Folha de S.Paulo, Huck, que está em Paris, festejou o que considera um bom posicionamento na pesquisa. Ele aparece com 8%, empatado com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) no pelotão de segundo lugar na disputa, em cenário sem o ex-presidente Lula. Por enquanto, Huck afirma não ser candidato. No entanto, seus aliados acham que as chances de ele mudar de ideia aumentam se Lula se tornar inelegível, uma vez que pesquisas indicam que o apresentador se beneficia de votos do eleitor do petista - pelo Datafolha ele herdou 8% desse grupo, mas há ainda um terço dele sem candidato. Depois do Carnaval, o grupo terá acesso a uma grande pesquisa nacional, qualitativa e quantitativa, com o objetivo de aprofundar o perfil do eleitorado que está disposto a votar em um “outsider” e também detectar seus pontos fracos. A expectativa dos aliados é que Huck sinalize logo sua intenção internamente, embora ele tenha deixado claro que pretende deixar a decisão para abril, quando termina o prazo legal para o apresentador se filiar a algum partido a tempo de concorrer. Neste momento o destino mais provável de Huck é o PPS, que tem conversas adiantadas com o apresentador e demais integrantes do movimento Agora!. Desde o final de 2017, ele mantém contato com o marqueteiro francês Guillaume Liegey, responsável pela estratégia de multiplicação de contatos eleitorais, considerada uma das chaves do sucesso da campanha de Emmanuel Macron à presidência em 2017. Incentivado por Fernando Henrique Cardoso e por economistas como Armínio Fraga, Huck tem se comportado como candidato. Montou uma rede de conselheiros e integra um grupo de WhatsApp para discutir temas da atualidade. *Com informações da Folha de S.Paulo Foto: Reprodução/TV Globo