Cármen Lúcia dá mais 30 dias de prazo para inquérito contra Zé Dirceu

A defesa de Zé Dirceu tem negado na Justiça a participação em qualquer irregularidade

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A defesa de Zé Dirceu tem negado na Justiça a participação em qualquer irregularidade Da Redação* A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu mais 30 dias de prazo para a Polícia Federal concluir as investigações no inquérito contra o ex-ministro José Dirceu (PT) e seu filho, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR). Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. O ex-presidente do PT passou a ser investigado ao ser citado por um delator da Odebrecht que afirmou ter repassado R$ 350 mil para campanhas políticas indicadas pelo ex-ministro e outros R$ 250 mil para a campanha de Zeca Dirceu. A defesa de Zé Dirceu tem negado na Justiça a participação em qualquer irregularidade. Apesar de o processo ser relatado pelo ministro Edson Fachin, responsável pelas ações da Operação Lava Jato no STF, a presidente Cármen Lúcia tem emitido decisões em processos da Lava Jato durante o recesso do Supremo, que se encerra em fevereiro. Neste período, cabe à presidente decidir sobre decisões de maior urgência. Dirceu foi condenado em outros dois processos pelo juiz Sergio Moro, responsável pelas decisões em primeira instância da Lava Jato em Curitiba, sob a acusação de ter recebido propina de empresas ligadas ao esquema de corrupção na Petrobras. O petista alega inocência nos dois casos. Desde maio, o ex-ministro está em prisão domiciliar por decisão da 2ª Turma do STF, que revogou a prisão preventiva determinada por Moro. Dirceu estava preso preventivamente desde agosto de 2015. O deputado Zeca Dirceu afirmou, em nota enviada por seu gabinete, que sua campanha nunca recebeu doações da Odebrecht e que ele nunca pediu recursos aos executivos da empreiteira, o que teria, segundo o deputado, constado no depoimento de delatores da empresa. "Não existe sequer uma única ligação, e-mail, contato, agenda de reunião, testemunho, delação ou coisa parecida em relação a qualquer atitude do parlamentar que o ligue ao assunto Petrobras/Lava Jato ou a qualquer tipo de ilegalidade", diz a nota. *Com informações do UOL