Caso dos laranjas do PSL aumenta a pressão e pode derrubar Bebianno

Tensão entre Bolsonaro e Gustavo Bebianno provocou o cancelamento da viagem de ministros ao Pará, com o objetivo de discutir com líderes locais a construção de uma ponte sobre o Rio Amazonas, em Óbidos

Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Em mais uma crise envolvendo os integrantes do governo de Jair Bolsonaro, o ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, corre o risco de ser afastado do cargo, por conta do caso das candidaturas laranjas bancadas pelo PSL, de acordo com informações de Igor Gielow, da Folha de S.Paulo. O próprio Bolsonaro responsabilizou Bebianno pela crise. Ele deseja que seja tomada uma solução o mais rápido possível. Chegou, inclusive, a discutir com o ministro e o fez cancelar agendas, o que aumentou a pressão entre aliados sobre Bebianno. O caso tomou proporções depois que a imprensa publicou que o PSL, comandado à época por Bebianno, destinou verbas milionárias do Fundo Partidário para candidatas com votações insignificantes a deputado federal, os famosos laranjas. Cancelamento Internado em São Paulo, Bolsonaro demonstrou irritação com o caso. Nesta terça (12), a notícia publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo de que Bebianno levaria ministros para “militarizar” a região amazônica desagradou ainda mais Bolsonaro, que determinou o cancelamento da viagem, que ocorreria nesta quarta (13). Oficialmente, Bebianno divulgou, por intermédio de sua assessoria, que a viagem ao Pará foi suspensa, em função de o presidente ter requisitado a presença de todos os ministros em Brasília no dia de sua volta à capital federal, que deve ocorrer nesta quarta. Rede Globo A tensão entre ambos provocou, ainda, o cancelamento de agendas de Bebianno ao longo do dia, principalmente, uma reunião com o vice-presidente de Relações Institucionais da Rede Globo, emissora que é considerada pelo núcleo familiar de Bolsonaro como hostil.

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