Ceará usa Big Data e inteligência artificial na abordagem policial

Parceria entre a universidade pública e o governo do Ceará resultou em 9 projetos. Um deles, é a plataforma Big Data para integração de mais de 60 fontes de dados relacionados à Segurança Pública

Aloísio Lira e o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa (Divulgação)
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Em parceria com o Departamento de Computação da Universidade Federal do Ceará (UFC), o governo cearense está usando inteligência artificial e uma plataforma big data nas abordagens policiais. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Segundo reportagem deste domingo (4) do Diário do Nordeste, a parceria entre a universidade pública e o governo do Ceará resultou em 9 projetos. Um deles, é a plataforma Big Data para integração de mais de 60 fontes de dados relacionados à Segurança Pública. Além do Big Data, a lista de ferramentas inclui um motor de buscas, denominado Cerebrum, que permite através do uso de linguagem natural a busca de informações de forma integrada, um aplicativo móvel para facilitar o trabalho do policial, um sistema para inteligência da Polícia, um sistema automatizado de busca de impressão digital, um detector de marca e modelo de veículos a partir de imagens coletadas de sensores de passagem de veículos, um sistema de redes deletivas para suportar a análise de relacionamentos entre entidades relacionadas com crimes, um analisador de crimes, denominado CrimeWatcher, através do uso de ferramentas estatísticas e mapas de calor, e um extrator de dados dos textos dos boletins de ocorrência utilizando técnicas de inteligência artificial. "Trabalhamos na perspectiva de multifatores. Temos um tratamento, além do sistema, quase manual dos mais sensíveis. Tudo isso dentro de um trabalho de segurança da informação. Passamos por seis ou sete vetores de tratamento para o aspecto do trabalho da inteligência. Temos um trabalho muito forte de auditoria dos dados que é fundamental para termos uma base bem construída", afirma Aloísio Lira, superintendente de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp). Reflexos O uso da tecnologia reflete nos números. No primeiro quadrimestre de 2019, foram 1.726 roubos de carro no Estado, o número mais baixo registrado desde 2011, quando aconteceram, em igual período, 1.274 roubos. Se comparado ao ano passado, quando foram registrados 3.414 crimes, os quatro primeiros meses de 2019 registraram uma queda de 49%, isto é, 1.274 veículos a menos roubados.