O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, ordenou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) analise um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede) para confiscar o celular da deputada federal Carla Zambelli (PSL). O objetivo é confiscar as conversas mantidas com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, e assim "ratificar o verdadeiro teor" do diálogo.
A decisão consta no mesmo despacho em que o decano autoriza a abertura de um inquérito para investigar as declarações de Moro contra o presidente Jair Bolsonaro. Celso de Mello também fixou um prazo de 60 dias para que a Polícia Federal escute Moro, conforme solicitado pela PGR.
Até o momento, o ex-juiz já revelou mensagens de WhatsApp em que o presidente Jair Bolsonaro cita investigações contra aliados para defender “mais um motivo para a troca” na direção da Polícia Federal.
Moro também mostrou uma conversa com Zambelli, em que ela pede para que o ex-ministro aceite a troca na PF, assim como uma vaga no STF em setembro. “Va em setembro para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A fazer o JB prometer”, escreve a deputada. “Prezada, não estou à venda”, responde Moro.
Zambelli foi às redes sociais na madrugada desta terça-feira (28) para comentar sobre a decisão do decano do STF. "Pessoal, se eu sumir das redes sociais, talvez seja porque eu fiquei sem celular, ok? Como eu disse, não tenho nada a esconder", escreveu.