Celso de Mello envia à PGR pedido para confiscar conversas entre Zambelli e Moro

"Se eu sumir das redes sociais, talvez seja porque fiquei sem celular, ok? Não tenho nada a esconder", escreveu a deputada no Twitter

Carla Zambelli - Foto: Michel Jesus/Agência Câmara
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, ordenou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) analise um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede) para confiscar o celular da deputada federal Carla Zambelli (PSL). O objetivo é confiscar as conversas mantidas com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, e assim "ratificar o verdadeiro teor" do diálogo.

A decisão consta no mesmo despacho em que o decano autoriza a abertura de um inquérito para investigar as declarações de Moro contra o presidente Jair Bolsonaro. Celso de Mello também fixou um prazo de 60 dias para que a Polícia Federal escute Moro, conforme solicitado pela PGR.

Até o momento, o ex-juiz já revelou mensagens de WhatsApp em que o presidente Jair Bolsonaro cita investigações contra aliados para defender “mais um motivo para a troca” na direção da Polícia Federal.

Moro também mostrou uma conversa com Zambelli, em que ela pede para que o ex-ministro aceite a troca na PF, assim como uma vaga no STF em setembro. “Va em setembro para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A fazer o JB prometer”, escreve a deputada. “Prezada, não estou à venda”, responde Moro.

Zambelli foi às redes sociais na madrugada desta terça-feira (28) para comentar sobre a decisão do decano do STF. "Pessoal, se eu sumir das redes sociais, talvez seja porque eu fiquei sem celular, ok? Como eu disse, não tenho nada a esconder", escreveu.

https://twitter.com/CarlaZambelli38/status/1254987253283278848