Chantagem?: Secretário de Guedes diz que precatórios comprometem vacinas

Ariosto Culau reforçou o discurso do ministro contra o pagamento de dívidas trabalhistas

Paulo Guedes - Foto: Isac Nóbrega/PR
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O Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, voltou a fazer chantagem ao falar sobre o orçamento do governo Jair Bolsonaro. A pasta segue em sua cruzada contra os precatórios e, dessa vez, usou a vacinação contra a Covid-19 como álibi.

“O Ministério da Saúde nos apresentou um plano que inviabiliza a questão da terceira dose e a implementação das medidas do plano de imunização. São valores que a gente poderia atender num cenário aí que se vislumbrava com espaço fiscal de R$ 30 bilhões, mas que se vê comprometido em razão desse aumento que tivemos de aumento de precatório”, afirmou o secretário de Orçamento, Ariosto Culau, ao jornalista Thiago Resende, da Folha.

O discurso de Culau mostra mais uma vez que a imunização da população nunca foi uma prioridade para o governo. Culau utiliza o plano de vacinação para fortalecer a narrativa de Guedes contra os precatórios.

“Esse talvez seja o mais difícil de todos os Orçamentos”, disse à Folha.

O ministro tem tentado de tudo para parcelar em nove anos de dívidas trabalhistas da União que foram reconhecidas pela Justiça. Com isso, Guedes ainda promete criar o substituto do Bolsa Família, o “Auxílio Brasil".