Escrito en
POLÍTICA
el
Parece que, desta vez, não terá choro. Alvo de um golpe dentro do próprio governo, com Jair Bolsonaro articulando recriar a pasta de Segurança Pública para tirar seus poderes na pré-campanha ao Planalto em 2022, Sergio Moro teria confidenciado a pessoas próximas que está chateado e arrumando as gavetas, caso os planos do chefe para ele se concretizem.
A informação que Moro deve deixar o governo caso Bolsonaro realmente divida seu "super ministério" foi antecipada na noite desta quinta-feira (24) pelo Jornal Nacional, que tem relações íntimas com o ex-juiz. Nesta sexta-feira (25), Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, confirmou a informação, atribuindo a pessoas próximas ao ministro.
JN
Resgatando postagem feita pelo ex-capitão no Twitter e uma nota publicada por Moro logo que aceitou o convite para ser ministro, o JN expôs a contradição do presidente, que havia dito que o ex-juiz federal não sabia que assumiria o “superministério”. Em entrevista dada em novembro de 2018, Bolsonaro ainda falou que pretendia que Moro assumisse até mesmo parte do Coaf.
Segundo a repórter Delis Ortiz, o ministro disse a interlocutores que “está bastante decepcionado” e que irá sair do governo caso se confirme diluição da pasta. A jornalista ainda ressaltou que aliados de Moro entendem a medida como uma forma de retaliar o ex-juiz por seguir na frente de Bolsonaro nas pesquisas de opinião, apesar de acumular derrotas em Brasília.
Em conversa com secretários estaduais de Segurança Pública, Bolsonaro afirmou estar estudando a recriação de um ministério específico sobre a questão. Segundo informação trazida pelo editor da Fórum, Renato Rovai, em seu blogue, Bolsonaro não engoliu a forma como Moro se apresentou no Roda Viva. Ele teria armado a inclusão do polêmico ponto na pauta da reunião.