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Em um dia ruim de campanha, o pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, foi vaiado em um Congresso de Prefeitos de Minas Gerais nesta terça-feira. Ciro discordou do modelo do encontro com presidenciáveis. Foram apenas três minutos para cada resposta. Ele pretendia fazer uma explanação mais longa sobre as soluções que defendia para a economia brasileira quando foi interrompido pelo mediador.
Ao ser oferecido tempo para as considerações finais, o ministro disse apenas: "Obrigado a todos" e saiu sob uma chuva de vaias dos espectadores do encontro.
"Prostituto de partido"
Ciro também sofreu ataque do vice-líder do DEM na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcanti. Ele reagiu a declaração do ex-governador do Ceará na Jovem Pan que chamou o vereador do DEM, Fernando Holiday, de "capitãozinho do mato. Ao rebater a acusação, o deputado disse que o pré-candidato do PDT é um "prostituto de partido" e citou todas as siglas pelas quais passou.
Sóstenes descartou a possibilidade de aliança com o DEM na corrida eleitoral, hipótese ventilada nos últimos dias. Segundo o deputado, apenas três deputados "querem caminhar com Ciro".
Pré-candidato admite possibilidade de aliança com o DEM
Na entrevista que concedeu à rádio Jovem Pan, Ciro admitiu sentar à mesa com o DEM para a costura de uma aliança ainda no primeiro turno.
"Sim, eu admitiria o entendimento com o Democratas, com o PP, com o Solidariedade, sabendo que há diferenças importantes sob o ponto de vista programático e que nós precisamos esmerilhar antes do tempo para não apresentar um mostrengo que não seja praticável no dia seguinte", disse o ex-ministro da Integração Nacional.
Ao citar as diferenças com o partido, lembrou do vereador Holiday, definindo o vereador como “capitãozinho do mato”. “Pior coisa que tem é um negro que é usado pelo preconceito para estigmatizar, que é o capitão do mato”.