Ciro volta a atacar Lula na primeira aparição após ex-presidente deixar prisão

Em entrevista, ex-candidato à presidência da República pelo PDT disse que "Lula sai imediatamente demonstrando que não aprendeu rigorosamente nada"

Ciro Gomes (Foto: Reprodução/TV Cultura)
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Ciro Gomes continua a sua série de ataques ao ex-presidente Lula. Para o político cearense, o petista se coloca como candidato para as eleições de 2022, mesmo sabendo que não poderá concorrer ao pleito por conta da Lei da Ficha Limpa. Mesmo assim, ele diz que fica feliz pela liberdade do antigo aliado. Lula e Ciro trabalharam juntos no primeiro mandato do petista na presidência da República, quando Ciro foi ministro da Integração Nacional. As críticas dele ao PT e a Lula ficaram mais intensificadas no segundo turno das eleições do ano passado, quando se recursou a apoiar a candidatura de Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro. Para Ciro, Lula não é inocente dos crimes de que foi acusado, mesmo ressaltando que o julgamento que o ex-presidente teve foi injusto. “Lula foi preso por corrupção, condenado por corrupção passiva. Você pode até discutir, como eu já falei um milhão de vezes, o devido processo legal. Eu não acho que ele tenha tido o direito (a julgamento justo), agora que ele seja inocente, estou cansado de saber que ele nunca foi, (vi isso) de perto, testemunhadamente. Achei melhor ficar calado, deixar acontecer para ver”, disse Ciro, em entrevista ao jornal O Globo. Discurso Os discursos de Lula, assim que deixou o cárcere, foram vistos de forma negativa por Gomes. “ Ele tem direito de aguardar em liberdade como qualquer outro cidadão. Aí o Lula sai imediatamente demonstrando que não aprendeu rigorosamente nada, sai o mesmo: candidato sem poder ser. Já foi assim em 2018. E deu-se a farsa do Haddad, que se submeteu a uma fraude. Eles diziam que eleição sem Lula era fraude, depois já não era mais fraude. O que eles dizem de manhã não serve para de tarde. Sempre com a presunção de que o povo é ignorante, que o povo é idiota, que cabe manipular, mentir, enganar porque o que importa é o projeto de poder. Agora, vai se repetir como tragédia, se persistir nesse caminho”.

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