Classificado como agente da KGB, Ancelmo Gois mostra dados que confirmam censura no MEC de Bolsonaro

Em nota, a pasta diz que abriu sindicância para apurar o sumiço de vídeos da TV INES, que teriam sido retirados do ar em novembro de 2018. Entretanto, Gois disponibiliza dados do histórico do Google que confirmam que os vídeos estariam disponíveis ao menos até o dia 2 de janeiro. Caso foi revelado pela Fórum.

Montagem/Reprodução/Agência Brasil
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Classificado como agente da KGB em nota oficial do Ministério da Educação, o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Gois, mostrou em sua coluna dados do cache do Google que comprovam que o MEC censurou vídeos sobre a esquerda na TV do Instituto Nacional de Ensino de Surdos (Ines) já na gestão do ministro de Jair Bolsonaro (PSL), Ricardo Vélez-Rodriguez - o caso foi revelado em reportagem da revista Fórum. Leia também: Sob gestão do MEC de Bolsonaro, instituto retira vídeos de esquerda de TV para surdos Segundo a nota, distribuída pelo ministério, a pasta abriu uma sindicância para apurar o sumiço dos vídeos que teriam sido retirados do ar em novembro de 2018. Entretanto, Gois disponibiliza dados do histórico do Google que confirmam que os vídeos estariam disponíveis ao menos até o dia 2 de janeiro. De acordo com depoimentos de estudantes e alunos ouvidos pela Fórum, a retirada dos vídeos teria influência do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, um admirador de Olavo de Carvalho. A mesma possibilidade foi aventada por Gois e, no intuito de desqualificar seu trabalho, o MEC recorreu à retórica simplista anticomunista, típica do presidente da República, chegando a sugerir que Gois fosse um agente da KGB. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.