Com apoio de Lula, MST faz manifestação no parque da Água Branca contra proibição de Doria à feira de orgânicos

O ato público está marcado para as 15h desta quarta, nas dependências do parque, na zona oeste paulistana

Foto: MST/Divulgação
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) convida apoiadores e consumidores da Feira Nacional da Reforma Agrária no Parque da Água Branca para uma manifestação nesta quarta-feira (17), a partir das 15h. Vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura de São Paulo, o Parque da Água Branca sediou as três primeiras edições da feira promovida pelo MST, durante a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). No entanto, o atual governador, o também tucano João Doria, vetou o uso do espaço, alegando que parques podem comportar até 5 mil pessoas e que o público do MST ultrapassa 200 mil. [caption id="attachment_172563" align="alignnone" width="369"] Foto: Reprodução[/caption] O ato público está marcado para as dependências do parque, na zona oeste paulistana. O objetivo é pressionar o governador a rever o veto à realização do já tradicional evento no local, como tem ocorrido nos meses de maio. Desde a semana passada, um abaixo-assinado pedindo a permanência está circulando nas redes sociais. Uma das signatárias da campanha, a chef de cozinha Bel Coelho, considera arbitrária a decisão de Doria. Ela defende a feira como um evento formador de uma consciência agroecológica e de segurança alimentar. A proibição da feira criou uma grande reação nas redes a favor do evento, que mobilizou até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para a coordenação do movimento, a justificativa de que a estrutura do parque não comporta o evento não condiz com a realidade, uma vez que as edições anteriores do evento transcorreram sem problemas. O público total da feira não tem uma presença simultânea.  A visitação ocorre no decorrer do dia, durante quatro dias. O impedimento soa parte de uma campanha do governador tucano de perseguição e criminalização ao movimento que incorporou a produção de alimentos mais saudáveis, sem uso de agrotóxicos e transgênicos, à sua luta por reforma agrária desde que foi fundado, há 35 anos. Durante sua campanha ao governo, inclusive em debates na TV, Doria foi incisivo em relação ao movimento, sempre classificando-o como grupo "terrorista".