Com autoestima elevada, Temer inaugura memorial de sua própria história

Centro de Memória, em Itu (SP), exibirá 76 mil itens que contam a biografia e a trajetória do presidente mais rejeitado da história do país. E-mails representam mais da metade do acervo

Foto: Rogério Melo/PR
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Por Rede Brasil Atual  Michel Temer inaugurou, na última terça-feira (19), um Centro de Memória para celebrar e relembrar o período em que esteve no cargo da presidência, após o golpe de 2016. A coleção de lembranças de sua gestão ficarão expostas na Faculdade de Direito de Itu (Faditu), no interior paulista, onde Temer foi professor e diretor. De acordo com ele, o Centro de Memória Michel Temer servirá de pesquisa sobre o período em que esteve à frente do Brasil. Ali será possível visualizar a trajetória do presidente, mostrada com apoio de fotos e em narrativa cronológica, desde o seu nascimento até suas ações como presidente, – cargo a que chegou por conta do golpe que derrubou a presidenta eleita, Dilma Rousseff. Em seu período à frente da nação, o desemprego chegou a 13,1%, ele foi denunciado duas vezes ao Congresso Nacional por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, apresentou a proposta de emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos, que retira investimentos em todos os setores públicos, como a saúde e educação e promoveu grande retirada de direitos, com a "reforma" trabalhista. Também tentou alterar regras para a aposentadoria dos trabalhadores, mas não obteve sucesso no Congress. O memorial sobre si mesmo reúne cerca de 76 mil itens, entre documentos de viagens, correspondências, mensagens, fotos, discursos em encontros internacionais e presentes recebidos durante seu mandato, que acaba no próximo dia 31 de dezembro. Mais da metade dos arquivos são reproduções de e-mails (exatas 47.392). Temer deixa o governo como o presidente mais rejeitado da história e com novas denúncias o ameaçando. De acordo com pesquisa do Ibope, divulgada no dia 13 de dezembro, 74% dos brasileiros consideram sua gestão ruim ou péssima. Apenas 5% disseram que achar seu governo bom ou ótimo.