Com Lula preso, procuradores da Lava Jato colocam Dilma no foco das investigações

Investigações têm como base delações de Palocci. Acusações motivaram buscas na casa da ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, e também miraram Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda

Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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As mais recentes operações da Lava Jato, deflagradas em 23 de agosto e nesta terça-feira (10), colocaram na mira a ex-presidenta Dilma Rousseff. As investigações se concentram em pessoas ligadas a ela, além de tratar do financiamento das suas campanhas presidenciais, em 2010 e 2014. Enquanto investigações anteriores focavam no entorno de Lula, os principais alvos destas são pessoas próximas à ex-presidenta, evidenciando mais um capítulo de perseguição sem fim aos governos petistas. Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém Batizada de Pentiti, a 64ª fase da Lava Jato foi uma referência às acusações do ex-ministro Antonio Palocci. Tais acusações motivaram buscas na casa da ex-presidente da Petrobras Graça Foster, nomeada em 2012 por Dilma, e também mirou Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda. Ambos são acusados por Palocci de usar negócios da Petrobras para arrecadar fundos para a campanha de Dilma. Palocci afirmou ter sido informado por Lula que "entre Graça Foster e Guido Mantega havia um fluxo de informações permanentes, de modo que a então presidente da Petrobras passava listas de empresas que a estatal auxiliava ou que acabara de efetuar grandes pagamentos". Já a 65ª etapa levou à prisão nesta terça de Márcio Lobão. Segundo o MPF, ele e o pai, Edison Lobão, solicitaram e receberam propinas dos Grupos Estre e Odebrecht em R$ 50 milhões entre 2008 e 2014 e há indícios de que o filho do ex-senador permanecia praticando o crime de lavagem de dinheiro em 2019. Edison Lobão e o filho Márcio Lobão já são réus na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia aceita pela Justiça trata de crimes cometidos, segundo o MPF, entre 2011 e 2014, no valor de R$ 2,8 milhões, por intermédio da Odebrecht. Com informações da reportagem de Wálter Nunes, publicada na edição desta quarta-feira (11) da Folha de S.Paulo