Com medo de interferência de Bolsonaro, família de Marielle resiste contra federalização

STJ julga nesta quarta-feira (27) se caso deixa Polícia Civil e MP do Rio para ser comandado pela Polícia Federal

Marielle Franco - Foto: Guilherme Cunha/Alerj
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O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) vai julgar nesta quarta-feira (27) se o caso Marielle Franco vai deixar o Ministério Público do Rio e a Polícia Civil para ser comandado pela Polícia Federal.

Com medo de possíveis interferências do presidente Jair Bolsonaro, a família da vereadora, assim como seu partido, PSOL, lutam contra a federalização do caso.

O pedido de federalização do caso foi feito pela ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em setembro de 2019, seu último ato à frente da PGR. Em seu pedido de federalização, Dodge diz que, no Rio de Janeiro, falta “isenção das autoridades” e há “má conduta policial”.

A família de Marielle, no entanto, alerta para os perigos do caso ficar sob responsabilidade de Brasília. Um dos pontos questionados é a ligação de Bolsonaro com diversos suspeitos de envolvimento no crime.

“Esperamos que o STJ tenha a prudência e responsabilidade para não votar pela federalização. Acreditamos que não há razões técnicas para votar pela federalização e há razões políticas para não desejar isso e estar muito preocupado com a federalização”, afirmou Mônica Benício, viúva de Marielle, na manhã desta terça-feira (26).