Com Tábata Amaral, maioria do PDT vota a favor de MP que libera trabalho aos domingos

O PDT não orientou sua bancada a votar contra a MP da Liberdade Econômica e viu 65% dos deputados votando a favor do projeto do governo

Tabata Amaral (Foto: Reprodução/Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
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Depois de prometer expulsar os parlamentares que votaram a favor da reforma da Previdência, o PDT liberou sua bancada na Câmara para votar como quisesse sobre o texto da Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica, que afronta a CLT e libera trabalho aos domingos. Como resultado, 15 dos 23 deputados federais do partido de oposição, incluindo Tábata Amaral (PDT-SP), aderiram à proposta do governo Bolsonaro. Na votação da Previdência, 9 deputados contrariaram a orientação partidária, votaram a favor da proposta de Guedes e foram suspensos pelo partido, perdendo vagas em comissões. Já na votação desta terça-feira (13), o partido não se posicionou contra a MP 881/19 e liberou a bancada. Quinze parlamentares pedetistas, então, acompanharam o governo. Horas antes do texto ser apreciado pela Câmara, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi publicou no seu Twitter uma mensagem criticando a MP, mas essa indignação não se refletiu no posicionamento da bancada trabalhista. "Mais um duro golpe ao trabalhador pode ser aprovado hoje. A MP da Liberdade Econômica dificulta a fiscalização de abusos no trabalho. Focam na 'desburocratização' para encobrir um domínio cruel do patrão sobre o empregado. Uma manobra perversa", declarou. https://twitter.com/CarlosLupiPDT/status/1161367352497385476 Nesta quarta-feira, foi a vez do líder do PDT no Senado, Weverton Rocha, criticar a MP aprovada na Câmara dizendo que ela representa mais uma retirada de direitos. "Se necessário for, tem que judicializar mesmo. Nós não podemos cair nessa pegadinha que dizer que isso é liberdade econômica. Não, isso é retirada de direitos e um atropelo que querem fazer na nossa legislação", declarou. O PDT chegou a apresentar um destaque que retirava do texto-base da MP a autorização de trabalho aos domingos e feriados, mas foi derrotado por 291 votos contrários. Nas redes sociais, o partido, que se define como oposição propositiva, foi alvo de muitas críticas, remetendo inclusive a Leonel Brizola, uma das referências do PDT. "15 deputados votaram a favor do trabalhador folgar só um domingo por mês. Brizola jamais permaneceria nesse partido", diz um dos comentários. Traições no PSB O PSB, ao contrário do PDT, orientou sua bancada a votar contra o projeto, mas viu 13 dos 33 parlamentares desrespeitarem a indicação. Foram dois a mais do que na votação da Previdência. Apenas PT, PSOL e PCdoB votaram integralmente contra o projeto de Guedes. Confira como votou cada parlamentar do PDT: Afonso Motta (RS) - Sim Alex Santana (BA) - Sim André Figueiredo (CE) - Não Chico D`Angelo (RJ) - Não Damião Feliciano (PB) - Não Eduardo Bismarck (CE) - Sim Fábio Henrique (SE) - Sim Félix Mendonça Júnior (BA) - Sim Flávio Nogueira (PI) - Sim Gustavo Fruet (PR) - Sim Idilvan Alencar (CE) - Não Jesus Sérgio (AC) - Sim Leônidas Cristino (CE) - Não Mário Heringer (MG) - Sim Marlon Santos (RS) - Sim Paulo Ramos (RJ) - Não Pompeo de Mattos (RS) - Sim Robério Monteiro (CE) - Sim Silvia Cristina (RO) - Sim Subtenente Gonzaga (MG) - Sim Tabata Amaral (SP) - Sim Túlio Gadêlha (PE) - Não Wolney Queiroz (PE) - Não