Comandado por Carlos Bolsonaro, gabinete do ódio lança ofensiva nas redes por demissão de Mandetta

Pressão sobre o ministro da Saúde voltou a crescer nesta quarta-feira no Planalto; após reunião com Bolsonaro, Mandetta saiu pela garagem

Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta - Foto: Carolina Antunes/PR
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A manutenção do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, no posto parece não ter satisfeito a ala olavista do governo do presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, as milícias virtuais do bolsonarismo seguem promovendo uma "fritura" de Mandetta sob o comando do chamado "gabinete do ódio".

Segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, os assessores das redes do presidente - comandados pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) - aumentaram os ataques ao ministro nesta quarta-feira (8) com o objetivo de tentar derrubá-lo.

Mandetta foi mantido no posto após pressão do Congresso e da ala militar do governo, principalmente o general Walter Braga Netto - o "presidente operacional". O ministro defende o isolamento social e prega cautela com a hidroxicloroquina.

O medicamento, exaltado pelo presidente como a "cura" do novo coronavírus, é a arma principal dos bolsonaristas nas redes. A precaução de Mandetta é colocada como um "plano" para queimar o presidente.

Pela garagem

A pressão sobre o ministro dentro do Palácio do Planalto parece ter voltado com força. Ele e Bolsonaro se reuniram nesta quarta-feira por cerca de duas horas - muito mais do que o previsto. Para evitar a imprensa, Mandetta ele teria saído pela garagem.