Comandante do Exército afirma que Forças Armadas não se arrependem do golpe

Em entrevista ao UOL, general Edson Leal Pujol disse que a reação da opinião pública e do MPF contra orientação de Bolsonaro não passa de “um escarcéu”

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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As polêmicas em relação à determinação de Jair Bolsonaro continuam. O presidente orientou os quartéis para comemorarem o 31 de março, que marca o golpe de 1964. Em entrevista a Leandro Prazeres, do UOL, o general Edson Leal Pujol, comandante do Exército, declarou que as Forças Armadas não se arrependem do golpe. O general disse, ainda, que a reação da opinião pública e do Ministério Público Federal, contrária à determinação de Bolsonaro, não passa de “um escarcéu”. "Todos os anos teve isso (comemoração)”. Pujol foi mais longe e destacou que o Brasil deveria “agradecer” pelo golpe, pois, em sua avaliação, os militares impediram a suposta implantação de uma ditadura comunista no país. Leia também Presidente do Clube Naval defende atos pró-golpe de 64 e diz que tortura é “técnica de interrogatório” Lamarca e Marighella O comandante do Exército, questionado se as Forças Armadas se arrependiam do regime que veio após o 31 de março, respondeu com outra pergunta. “Vocês perguntam se os partidos que defendem Lamarca, Marighella (ambos gurrilheiros assassinados pelo ditadura), guerrilha urbana, guerrilha rural, fizeram atentados a banco, a bomba, mataram pessoas, sequestraram, fizeram atentados a pessoas inocentes, vocês fazem essas perguntas?”, questionou. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.