Comitê Olímpico Brasileiro é suspenso após prisão de Nuzman

Medida é provisória e atende decisão do Comitê Olímpico Internacional, depois da detenção do dirigente suspeito de intermediar compra de votos para escolha da Rio 2016.

05/10/2017- Rio de Janeiro - A Polícia Federal prendeu hoje (5) o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, investigado por envolvimento num suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Na foto o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Medida é provisória e atende decisão do Comitê Olímpico Internacional, depois da detenção do dirigente suspeito de intermediar compra de votos para escolha da Rio 2016. Da Redação* Depois da prisão do seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, suspeito de intermediar a compra de votos para garantir a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 para o Rio de Janeiro, o Comitês Olímpico Brasileiro (COB) foi suspenso provisoriamente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). A entidade máxima também suspendeu Nuzman de todas as suas funções e direitos de membro honorário e o excluiu da comissão de coordenação dos Jogos de Tóquio-2020. A punição, segundo o comitê, não afetará os atletas brasileiros. Nuzman é suspeito de intermediar a compra de votos de integrantes do COI para a eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016. Ele foi preso em casa, no Leblon. O dirigente é presidente do COB há 22 anos. O pedido de prisão temporária foi decretado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. De acordo com a defesa de Nuzman, a medida adotada de prisão foi dura. "É uma medida dura e não é usual dentro do devido processo legal", afirmou Nélio Machado.

Nuzman e Gryner teriam pago mais de U$ 2,7 milhões a membros africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI) em troca da escolha da Rio-2016. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Nuzman ainda tentou regularizar, junto à Receita Federal, valores em espécie e 16 quilos de ouro que estariam em um cofre na Suíça, logo depois da primeira fase da operação "Unfair Play".

*Com informações do G1  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Fotos Públicas