Como juiz, Moro recebeu documento atestando que triplex era da OAS certificado pela consultoria que virou sócio

Responsável por julgar o caso do Triplex, Moro ignorou documento e condenou Lula à prisão, sem provas, por “atos de ofício indeterminados”, com base apenas na delação de Leo Pinheiro

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Documento revelado pelo jornalista Reinaldo Azevedo nesta quarta-feira (2) em seu blog no portal Uol revela que, como juiz, Sérgio Moro recebeu da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal (A&M) um documento atestando que o Triplex do Guarujá, atribuído pela Lava Jato ao ex-presidente Lula, era de propriedade da construtora OAS.

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Moro, que tornou-se sócio-diretor para atuar na áre de "disputas e negociações" da consultoria, ignorou o parecer, no entanto, condenando à prisão o ex-presidente Lula.

Segundo Azevedo, a petição com o documento certificado pela A&M foi enviada a Moro em 19 de abril de 2017 pela defesa de Lula, comprovando que o apartamento era da OAS.

Um dia depois - após a Procuradoria-Geral da República anular o primeiro depoimento -, Moro ouviu a segunda delação de Leo Pinheiro, da OAS, desta vez dizendo que o triplex havia sido dado a Lula como forma de compensação de supostos recursos deviados da Petrobras, sem nenhum documento que comprove o que disse.

Moro condenou Lula no caso por “atos de ofício indeterminados”, sem nenhuma comprovação de que o apartamento, confiscado e leiloado pela Justiça, era do ex-presidente.

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