Condenado a 282 anos, Sérgio Cabral traça estratégias para tentar deixar a cadeia após delatar Lula

Cabral, por meio de seus advogados, já teria apresentado argumentos a favor da soltura ao ministro do STF, Edson Fachin, " já que o colaborador mostra boa-fé e assume seus crimes"

Sérgio Cabral (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)
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Depois de fazer um acordo de delação com a Lava Jato, tentando envolver o ex-presidente Lula e seu filho Fábio Luís em crimes cometidos na Petrobras, o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB) agora traça estratégias para deixar a prisão

Condenado a 282 anos de prisão, Cabral, por meio de seus advogados, já teria apresentado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, argumentos a favor da soltura, segundo o jornal o Globo.

Cabral teria afirmado que uma consequência natural da delação é o esvaziamento dos requisitos para a prisão preventiva, já que o colaborador mostra boa-fé e assume seus crimes.

A defesa do emedebista também tem alegado que Cabral corre risco de vida, com base na legislação que estabelece que o colaborador tem direito de “cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados”.

No entanto, a decisão de Fachin, em fevereiro, que homologou a delação assinada com a Polícia Federal (PF), deixou claro que o acordo não afeta as condenações já impostas a Cabral.

Rejeitado
No último dia 11, o desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) rejeitou a declaração de Cabral que tenta incriminar Lula e o filho, Fábio Luis.

Cabral afirma que, a pedido de Lula, solicitou à Oi que pagasse R$ 30 milhões a uma empresa de Fábio Luís para que ela prestasse serviços de tecnologia na área de educação. A empresa de telefonia mantinha contratos com o governo para executar os programas “Conexão Educação” e “Conexão Professor”.