Continuação do golpe? Moro articula encontro com Temer

Pré-candidato do Podemos à Presidência, ex-juiz da Lava Jato busca apoio do MDB, do ex-presidente golpista Michel Temer.

Sergio Moro, Aécio Neves e Michel Temer (Arquivo)Créditos: Arquivo
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Ao se lançar na política, Sergio Moro, pré-candidato do Podemos ao Planalto, pretende dar continuidade ao golpe que tirou Dilma Rousseff (PT) do poder e prendeu Lula, abrindo o caminho para a eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018.

Segundo a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, Moro articula um encontro com Michel Temer (MDB), herdeiro do golpe em Dilma, para tramar um possível acordo para 2022.

Temer, por sua vez, teria confirmado o afago dos moristas e disse que o encontro deve ocorrer "mais pra frente" por incompatibilidade de agenda.

O ex-presidente golpista chegou a ser preso em 2019 pela Lava Jato. Mas a ordem partiu de Marcelo Bretas, juiz responsável pela operação no Rio de Janeiro. À época, Moro já atuava como "super" ministro da Justiça de Bolsonaro.

Encontro com Dallagnol

Por outro lado, Temer negou que convidou o ex-procurador Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato em Curitiba, para uma conversa em 2016.

Ao rebater Bolsonaro, que o acusou de procurá-lo em 2019 para fazer chantagem sobre a vaga na Procuradoria-Geral da República, Dallagnol disse que, na verdade, teria sido convidado pelo atual presidente, assim como já havia ocorrido com Temer.

"Jamais convidei o senhor Dallagnol. Aliás, só soube da existência desse procurador quando ele se exibiu no famoso PowerPoint", ironizou o medebista em entrevista à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, nesta terça-feira (14).

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