Contra a OMS e o STF, presidente do Senado pede liberação do amianto

Uma comissão externa de senadores, liderada pelo presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), visitou uma mina em Goiás e defendeu a liberação do amianto, mineral proibido não só no Brasil como em dezenas de países pelo mundo por, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, causar câncer

Foto: Agência Senado
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Ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), senadores de uma comissão externa visitaram, no sábado (27), a cidade de Minaçu (GO) e defenderam a liberação do amianto no Brasil. Junto aos trabalhadores da Sama, mineradora que está com as atividades paradas desde 2017, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu o uso do amianto em todo o território nacional, o grupo de senadores informou que trabalhará junto à Corte para que a decisão sobre o mineral seja revista. A liminar concedida pelo STF proibindo a produção e uso do amianto teve como base um entendimento da Organização Mundial de Saúde (OMS), que constatou, após anos de estudo, que o mineral, usado principalmente na construição civil, é altamente cancerígeno. Dezenas de outros países do mundo proibem a produção de amianto. "A visita do Senado em Minaçu é para verificar in loco esta situação. É angustiante ver uma decisão jurídica sobrepor-se à vida das pessoas, que têm o seu sustento com dignidade. A criação da comissão é uma atitude louvável", disse Davi Alcolumbre ao defender a liberação do mineral. O principal argumento é que a decisão do STF gerou desemprego. "Decisão equivocada", afirmou o senador Vanderlan Cardoso (PP-GO) sobre a probição imposta pelo Supremo. "Os trabalhos científicos estão aí mostrando que não exite nenhum problema que causa câncer como foi justificado", completou Chico Rodrigues (DEM-RR). Além deles, estiveram presentes na visita à mineradora o senador Luiz do Carmo (MDB-GO) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.