Coordenador do MBL diz que liberação de Lula para o velório do neto é um "acinte"

Rubinho Nunes, coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL), argumenta que o direito que presos têm de ir a velórios de familiares é um privilégio e que Lula é um "preso comum"

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Seguindo a mesma linha do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que chegou a chamar o ex-presidente Lula de "larápio" ao se manifestar contra a liberdade temporária do petista para ir ao velório de seu neto, o coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Rubinho Nunes, chamou o direito que todos os presos têm de ir a sepultamentos de familiares de "privilégio". "Lula é um preso comum, condenado por roubar do povo. Nenhum presidiário dispõe, de avião e agentes para esse tipo de situação. Mesmo preso o bandido segue com privilégios às custas do povo", escreveu Nunes. O governador do Paraná, Ratinho Júnior, cedeu, a pedido da Polícia Federal, um avião do governo do estado para fazer o deslocamento de Lula até São Paulo, onde seu neto será velado e cremado. A autorização para Lula sair temporariamente da prisão foi chancelada pela juíza de Execução Penal, Carolina Lebbos, e respaldada pela própria Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF). Mesmo assim, o coordenador do MBL resolveu fazer a sua própria interpretação da lei, como se sua opinião neste caso tivesse alguma influência. "Juridicamente falando, a Lei de Execução Penal outorga a possibilidade do preso deixar o presidio para velório. Mas isso não é uma obrigação. O 'poderão' impõe discricionariedade, para analisar custos, despesas, logística, potencial lesivo. Liberar Lula é privilégio!", esbravejou.