CPI das Fake News ouvirá representantes do Whatsapp, Telegram e Facebook

O objetivo dessa CPMI é entender esse processo de fake news; também serão convocados para a comissão os representantes do site The Intercept e do Telegram no Brasil

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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As plataformas de redes sociais WhatsApp, Facebook, Youtube, Instagram, Google, Twitter terão que explicar na CPMI das Fake News do Congresso Nacional, quais métodos utilizam para identificar e coibir a disseminação de notícias falsas na internet. A iniciativa partiu da deputada Luizianne Lins (PT-CE), titular da CPMI, que apresentou na reunião de terça-feira (10) vários requerimentos convocando os representantes legais dessas empresas no Brasil. Mesmo com a obstrução de parlamentares do PSL, que tentaram adiar a votação, os requerimentos foram aprovados pela maioria dos membros do colegiado. A parlamentar ainda viu aprovados outros dois requerimentos que apresentou, os quais convocam os representantes do site The Intercept e do Telegram no Brasil, e ainda a blogueira feminista, professora universitária e pedagoga argentina, naturalizada brasileira, Dolores Aronovich Aguero, mais conhecida como Lola Aronovich. Durante a reunião, parlamentares do PSL e o senador Flávio Bolsonaro (RJ) questionaram a presença das plataformas de redes sociais na CPMI. Ao defender a aprovação dos requerimentos, a deputada Luizianne Lins explicou que é impossível investigar a disseminação das fake news sem ouvir essas empresas. “O objetivo dessa CPMI é entender esse processo de fake news. É impossível investigar sem ouvir as empresas por onde essas informações são compartilhadas. Não consigo entender os questionamentos sobre ouvir os responsáveis por essas empresas no Brasil. Isso me parece confissão de culpa”, afirmou. Apesar das explicações, os deputados do PSL Filipe Barros (PR) e Caroline de Toni (SC) apresentaram vários requerimentos tentando impedir e adiar a votação. Ao defender a votação dos requerimentos, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) disse que os parlamentares do PSL têm como missão impedir o funcionamento da CPMI. “O PSL está com uma tática clara nessa CPMI, não querem que ela funcione. Não sei porque essa preocupação de a gente ouvir as empresas de redes sociais. Nem o plano de trabalho da relatora, que busca conceituar o que é fake news e ouvir especialistas sobre o tema eles querem aceitar”, criticou. Com informações PT na Câmara