CPI do Genocídio pode quebrar o sigilo de integrantes do governo Bolsonaro

A comissão deve ser instalada na quinta-feira, segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello (Foto: Tony Winston/MS)
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai apurar as ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus, apelidada de CPI do Genocídio, pretende promover a quebra de sigilo de algumas autoridades governamentais. A minuta do plano de trabalho da comissão prevê depoimentos de pelo menos 15 membros do Executivo Federal.

No documento, que lista as autoridades e os temas que serão tratados, a possibilidade de quebra de sigilo aparece em todos os tópicos de discussão, indicando que essa hipótese está no radar dos senadores. O plano de trabalho foi elaborado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-RS) e precisa ser aprovado pelos demais integrantes da comissão quando ela for instalada.

Os principais nomes que estão no foco dos senadores são os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello; o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga; o ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten; o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; e o ex-comandante do Exército, Edson Leal Pujol. Vieira já indicou que pretende convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas o possível presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), manifestou contrariedade.

"Tem que focar em Saúde, para mim não tem nada a ver chamar Guedes", disse o senador à jornalista Basília Rodrigues, da CNN.

Mudança de discurso

Após passar os últimos 13 meses fazendo pouco caso da pandemia do Coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro resolveu passar a impressão que acordou para o assunto. A instalação da CPI deve ter dado um belo empurrão na atitude do presidente. A maioria dos integrantes da comissão é crítica a ele.

Confira aqui a minuta da CPI, elaborada pelo senador Alessandro Vieira

Com informações da CNN Brasil e do Poder 360