Em depoimento à CPI do Genocídio na manhã desta quinta-feira (1º), Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, confirmou que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, pediu propina de 1 dólar por dose para adquirir um lote de 400 milhões de dose da vacina Astrazeneca.
"O pedido dessa majoração foi exclusivamente do Senhor Roberto Dias. Valor 1 dólar por dose. 3,50 a primeira proposta. A Davati estava ofertando ao Ministério da Saúde 400 milhões de doses", disse ele, citando a empresa que representa.
Segundo ele, Dias "sempre pôs o entrave que se não majorasse a vacina, não teria acordo por parte do ministério", em relação à propina.
À CPI, Domnguetti ainda afirmou que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) teria tentado intermediar compra de vacinas.
"O Cristiano [representante da Davati no Brasil] me relatava que volta e meia tinha parlamentares procurando, e o que mais incomodava era o Luis Miranda, o mais insistente com a compra e o valor de vacinas. O Cristiano me enviou um áudio onde pede que seja feita uma live, o nome dele, que tinha um cliente recorrente, que comprava pouco, em menos quantidade, mas que poderia conseguir colocar vacina para rodar", disse Dominguetti, antes de revelar o teor do áudio ao vivo na CPI.
No áudio atribuído ao deputado, Miranda diz que tem um "comprador com potencial de pagamento instantâneo".
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