CPI: Justiça autoriza condução coercitiva de lobista da Precisa

Marconny Albernaz deve prestar depoimento à CPI do Genocídio na quarta-feira

Sessão da CPI do Genocídio - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
Escrito en POLÍTICA el

A Justiça Federal do Distrito Federal atendeu nesta segunda-feira (13) a um pedido da CPI do Genocídio e autorizou a condução coercitiva do lobista Marconny Albernaz de Faria, que teria atuado em favor da Precisa Medicamentos. O depoimento de Marconny está previsto para quarta-feira (15).

A juíza Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves apontou que a testemunha não pode se recusar a depor e autorizou condução coercitiva caso ele não compareça na quarta e não justifique ausência.

“Com base nas razões e fundamentos jurídicos já declinados, desde já defiro o pedido de expedição de mandado de condução coercitiva para a testemunha MARCONNY NUNES RIBEIRO ALBERNAZ DE FARIA acaso não compareça nem justifique a sua ausência ao ato de inquirição designado, fato que deverá ser imediatamente comunicado a este Juízo para fins de expedição do mandado de condução”, destaca a juíza em decisão.

Marconny chegou a apresentar atestado médico para não depor na Comissão no dia 2 de setembro. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), revelou que o médico responsável teria cancelado o atestado por perceber uma “simulação” do lobista.

Lobista

A CPI quer saber sobre a possível atuação de Marconny como lobista da Precisa Medicamentos e mais informações sobre o contrato de R$ 1,6 bilhão que seria fechado com a pasta da Saúde para a compra da Covaxin.

Marconny também será interpelado sobre sua participação na venda de testes contra a Covid-19 ao governo de Jair Bolsonaro. Investigações realizadas pelo Ministério Público Federal, compartilhadas com a CPI, apontam que Marconny teria encaminhado mensagens com explicações sobre o suposto processo irregular na compra dos testes.

Com informações da CNN e da Conjur