CPI vai pedir quebra de sigilo de sites de fake news bolsonaristas

Comissão pretende investigar quem financiou a difusão de desinformação durante a pandemia

Sessão da CPI do Genocídio - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
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A  CPI do Genocídio pretende avançar sobre veículos bolsonaristas usados para disseminação de fake news durante a pandemia de Covid-19. Os senadores devem pedir a quebra de sigilo bancário de 10 sites e de um canal de YouTube.

Segundo informações da jornalista Sarah Teófilo, do Correio Braziliense, os requerimentos sobre as quebras de sigilo já estão sendo elaborados pelos senadores da comissão e devem ser votados já na terça-feira (3).

A intenção dos senadores é descobrir quem financiou a difusão de informações falsas contra a vacinação através de veículos bolsonaristas e influenciadores digitais. Um dos sites teria grande alcance nacional. Inicialmente eram 76 os influenciadores alvo da comissão - número que já foi reduzido após uma triagem.

A reportagem aponta que durante o recesso os membros da CPI determinaram 7 núcleos de atuação, sendo um sobre fake news.

Os primeiros depoentes pós-recesso já foram definidos. O reverendo Amilton Gomes vai reabrir os trabalhos na terça-feira. Presidente do grupo evangélico SENAH, Gomes foi um dos responsáveis por fazer a ponte entre a Davati Medical Supply com o Ministério da Saúde em um negócio suspeito.

A comissão teve que paralisar as oitivas em razão do recesso parlamentar.

CPI Prorrogada

A CPI foi oficialmente prorrogada por mais 90 dias em 14 de julho, apesar de as pressões do Planalto pelo encerramento. A comissão foi instalada em 27 de abril para investigar as ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro na condução da pandemia de Covid-19. Requerimento apresentado por senadores permite a continuidade da comissão até 5 de novembro. Há, no entanto, a possibilidade dela ser concluída antes.

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