Cristiano Carvalho: Quem é o procurador da Davati que será ouvido pela CPI?

Carvalho foi convocado para falar sobre o suposto caso de propinas envolvendo compra de vacinas AstraZeneca. Siga ao vivo

Cristiano Carvalho, procurador da Davati Medical (Reprodução)
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Cristiano Carvalho, representante no Brasil da empresa Davati Medical Supply, será ouvido hoje, quinta-feira dia 15, na CPI da Covid-19, para esclarecimentos relacionados ao depoimento do policial Luiz Paulo Dominghetti, afirmando que em fevereiro o diretor de Logística do Ministério da Saúde na época, Roberto Dias, pediu propina em troca da assinatura de um contrato para compra de vacinas.

De acordo com Dominghetti, Roberto Dias pediu propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca em uma negociação que envolvia o montante de 400 milhões de doses.

Os senadores devem questionar Cristiano Carvalho sobre as negociações da Davati com o Ministério da Saúde para fornecimento de vacinas. O suposto pedido de propina teria sido feito em um jantar, também mencionado por Dominghetti, além das negociações com o reverendo Amilton Gomes.

Detalhes sobre sua ideia de denunciar o esquema para o jornal Folha de S. Paulo, e o envio a Dominguetti de um áudio do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que o PM mostrou na CPI, alegando que o parlamentar estava intermediando a venda de vacinas, o que gerou revolta dos senadores de oposição.

Miranda, no mesmo dia, informou que o áudio tinha sido editado e de que se tratava de uma venda de luvas cirúrgicas feita em 2020.

Carvalho terá o direito parcial de ficar em silêncio na CPI

O presidente do STF, Luiz Fux, determinou que Cristiano Carvalho poderá ficar em silêncio nas questões que podem gerar provas contra ele. O pedido para o não comparecimento foi, no entanto, negado.

“Concedo, em parte, a liminar pretendida, a fim de que, no seu depoimento perante a CPI da Pandemia, e exclusivamente em relação aos fatos que o incriminem, o paciente tenha o direito de: (I) fazer-se acompanhar de advogado; (II) permanecer em silêncio; (III) não sofrer ameaça ou constrangimento em razão do exercício do direito contra a autoincriminação, excluída possibilidade de ser submetida a qualquer medida privativa de liberdade ou restritiva de direitos em razão do exercício dessas prerrogativas constitucionais”, determinou Fux em sua decisão.

Após a polêmica envolvendo Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos, que usou a decisão do Supremo para ficar calada em todas as perguntas feitas na CPI, mas que teve de voltar atrás e responder as perguntas na sessão do dia seguinte após ação da comissão junto ao STF, a expectativa é de que Carvalho responda a maior parte dos questionamentos feitos pelos senadores.

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