Após ser criticada por ter votado a favor da urgência do projeto de lei que reconhece a educação como “atividade essencial” na pandemia, permitindo que escolas reabram e retomem as aulas presenciais, a deputada Tabata Amaral (PDT) compartilhou um vídeo nesta quarta-feira (14) em que desabafa sobre os ataques e explica as razões de seu voto.
Segundo a deputada, as escolas deveriam ser as últimas a fechar e as primeiras a abrir na pandemia. "Sabe por quê? Porque eu vim da periferia, porque tem coisas que são lindas na teoria, mas que simplesmente não condizem com a realidade", afirma a parlamentar.
Tabata também conta que defendeu a vacinação prioritária dos profissionais de educação. "Não venham me dizer que essa luta não é minha. Eu fui a primeira pessoa a apresentar um projeto para vacinar os profissionais da educação. Eu enviei ofício, cobrei publicamente o governador para que a vacinação começasse em SP", diz a deputada.
Em seguida, ela compara educação com setores empresariais que também pressionaram para que fossem considerados “atividades essenciais” e hoje estão abertos: “call centers, start ups, mercados de seguros já são atividades essenciais, mas a educação não é. Parece que ninguém se importa com isso”.
A parlamentar então faz um desabafo sobre as críticas que tem recebido. Ela afirma que está "cansada" das redes sociais e diz que os comentários negativos são "lacração".
"Eu estou bem cansada de tudo isso que acontece aqui nas redes sociais. Gente que nunca fez nada de concreto para mudar a vida das pessoas, mas vem aqui espalhar teoria da conspiração, mentira, tentar confundir a população. O que me traz aqui é um desejo profundo de mudar a vida das pessoas, e não essa lacração de redes sociais", afirma Tabata.
Um artigo publicado no dia 10 de março na revista científica The Lancet afirma que reabrir escolas sem diminuir o contágio por Covid-19 leva a uma aceleração na pandemia. O artigo afirma que, embora as escolas sejam espaços essenciais para a aprendizagem, "não foi feito o suficiente para torná-las mais seguras para alunos e funcionários".
O texto diz ainda que, sem medidas adicionais para diminuir o contágio, haverá aumento da transmissão do vírus, o que pode levar a variantes mais contagiosas, mais bloqueios, mais escolas fechadas e risco de evasão escolar.
Confira o vídeo da deputada: