Criticado por encontro com Toffoli, Bolsonaro diz que tomou café com Maia: "E daí?"

Encontro com o ministro do STF foi criticado por apoiadores nas redes sociais. "Estou errado?", questionou o presidente

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Depois de se encontrar com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, no sábado (3), o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (5) que tomou um café mais cedo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O encontro com Toffoli desagradou apoiadores do ex-capitão nas redes sociais.

"Com quem eu tomei café agora, alguém sabe? Rodrigo Maia. E daí? Estou errado? Quem é que faz a pauta na Câmara? Amanhã vou sancionar com ele e com Alcolumbre a mudança no código de trânsito, que aumentou a validade da carteira de motorista para 10 anos e passou de 20 para 40 pontos o limite da carteira. E daí?", questionou o presidente no Palácio da Alvorada.

De acordo com o jornal O Globo, um dos apoiadores do ex-capitão afirmou que o presidente estava certo e disse que "isso é fazer política".

"É facilitando a vida para o povo", replicou Bolsonaro. "Em vez de cinco em cinco anos de renovar a carteira vai ser de 10 em 10, ajudou ou não? E perder a carteira, imagine o pessoal que mexe na estrada: caminhoneiro, motorista de ônibus, de van, de táxi, para fazer 20 pontos é coisa rápida", continuou.

O encontro com Toffoli motivou diversos ataques por parte de perfis bolsonaristas contra o presidente. Durante a madrugada, Allan dos Santos compartilhou uma imagem de Bolsonaro abraçado ao ex-presidente do STF. Na legenda, o blogueiro escreveu: “A minha admiração à pessoa de @jairbolsonaro não me permite achar isso aqui algo admirável ou um tipo de movimento político tolerável, como ‘coisa do jogo’”.

A militante de extrema direita Sara “Winter” Giromini foi outra que criticou o encontro e publicou um longo desabafo nas redes sociais dizendo que não sabe o que está acontecendo com seu mito. “Não reconheço Bolsonaro”, disse ela na publicação. “O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador”, escreveu.